Centro vira praça de guerra

Fã do grupo Racionais Mc's é retirado da multidão por seguranças para evitar espancamento por quase dez pessoas. Tumulto começou antes mesmo do show começar. Previsto para as 3h só teve início às 4h33 de domingo.

Às 5h, a Polícia tenta retirar parte do público que tomou as fachadas. A polícia é recebida com garrafas e outros materiais e revida com bombas de efeito moral e balas de borracha.

Força Tática da PM é chamada para ajudar a conter a multidão, novos ataques são realizados de ambos os lados.

Após quase 10 minutos de confronto, com o ambiente impregnado por gás lacrimogênio, o grupo tenta retomar o show. E na tentativa falha e a Praça da Sé torna-se definitivamente cenário de uma batalha campal. Mais policiais chegam para reforçar a segurança.

A partir daí a PM tenta dispersar a multidão com tiros de borracha e bombas de efeito moral. Para fugir da polícia muitos tentam entrar na Estação do Metrô, que teve de ser fechada após onde de vandalismo em bloqueios e lojas da parte interna da estação.

Mano Brown tenta acabar com o tumulto falando: "Se a polícia puder parar de atirar, é melhor..."

Na tentativa de evitar que a violência se espalhasse para os demais pontos de apresentações culturais do evento, policiais perseguem parte do público que se dispersou pelo centro velho.

Os conflitos se intensificam e outras bancas de jornais são depredadas, assim como estabelecimentos comerciais, além de uma engraxataria e um carro incendiados. Em poucos instantes o confronto atinge o Vale do Anhangabaú.

Os confrontos entre políciais e fãs do grupo de rap Racionais Mc's chegam à beira do Teatro Municipal.

Com o nascer do sol e 11 prisões,os conflitos vão se encerrando também no Anhangabaú.